PATRIMÔNIO CULTURAL
FOLIA DE REIS
De origem portuguesa, a Folia de Reis é uma Festa católica ligada à comemoração do Natal, comemorada desde o século XIX. Segundo a lenda, quando Jesus nasceu, três reis magos foram visitá-lo, levando presentes. Essa data, fixada em 6 de janeiro, passou a ter grande importância em países de origem latina, especialmente os que a cultura é de origem espanhola. Em alguns lugares esta comemoração se tornou mais importante até que o próprio Natal. Folia de Reis é uma manifestação cultural religiosa festiva e classificada, no Brasil, como folclore; praticada pelos adeptos e simpatizantes do catolicismo, no intuito de rememorar a atitude dos Três Reis Magos.
A visitação das casas, que ocorre no período antecedente ao Dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto por músicos, tocando instrumentos, como tambores, reco-reco, além da tradicional viola caipira e do acordeão, também conhecida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé-de-bode. Todos se organizam sob a liderança do mestre da folia e seguem com reverência os passos da bandeira, cumprindo rituais tradicionais de inquestionável beleza e riqueza cultural. As canções são sempre sobre temas religiosos, com exceção daquelas tocadas nas tradicionais paradas para jantares, almoços ou repouso dos foliões, onde acontecem animadas cantorias e danças típicas e moda de viola. Contudo ao contrário dos reis da tradição, o propósito da folia não é o de levar presentes, mas de recebê-los do dono da casa para finalidades filantrópicas, exceto, obviamente, as fartas mesas dos jantares e as bebidas que são oferecidas aos foliões. Em Tapira a manifestação tem caráter de evento religioso que mostra a fé da maioria dos tapirenses. Nas vésperas do dia 6 de janeiro - Dia de Santos Reis, as folias percorrem as propriedades rurais do Município cantando e invocando a proteção dos Santos Reis Magos e estão presentes em várias celebrações.
A manifestação das Folias de Reis está presente também em outras festividades religiosas como a Festa de São Sebastião e as festas religiosas nas comunidades rurais. Na Festa de São Sebastião, ocorre o Encontro e Folias de Reis com a participação de várias companhias.
Ao longo da história do município, existiram várias companhias de Folias de Reis, e, hoje, a manifestação cultural e religiosa ainda permanece viva entre os tapirenses através das famílias tradicionais do município. As primeiras companhias de Folia de Reis ocorreram por volta de 1958 no município de Tapira. Atualmente, existem várias companhias de Folias de Reis, destacando as dos capitães: José Izidoro de Souza ( popularmente conhecido como Zé Veneranda), José Eurípedes Borges (popularmente conhecido como Zé Tatão), Antônio Narciso da Silva, Avelino Donizete Pereira ( popularmente conhecido como Dete), Francisco dos Reis Neves (popularmente conhecido como Chiquinho da Dina), Cezário Batista de Souza, Saulo de Souza Lellis, Francisco Benjamim Machado (popularmente conhecido como Beijo), entre outros.
CATIRA
A catira ou cateretê é uma dança do folclore brasileiro ao som da viola caipira, em que o ritmo musical é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos ou catireiros, como são chamados. De origem ainda pouco conhecida, com influências indígenas, africanas e europeias, a catira ou "o catira" tem coreografia executada na maioria das vezes por homens (boiadeiros e lavradores) e pode ser formada por seis a dez componentes e mais uma dupla de violeiros, que tocam e cantam normalmente no ritmo do recortado.
Estudiosos apontam que como eles faziam o transporte de gado entre os locais, provavelmente, a dança tenha surgido nos momentos de descanso e descontração do grupo, sendo associado às atividades dos tropeiros, o que explica sua característica mais marcante.
No município de Tapira, a origem da Catira não foi diferente, por volta de 1930 os fazendeiros e boiadeiros: Joaquim Assunção Filho (Nhonhô Peroba) e seu irmão José Assunção e Souza( é Peroba) eram sócios .Suas comitivas de boiada seguiam por terra de Tapira a Barretos ,formada pelos peões, cozinheiros, ponteiros, pula moita e o comissário da boiada, transportavam mil bois ,No percurso da viagem existia as paradas para o descanso das tropas e peões, porque a viagem durava aproximadamente trinta dias e os peões só voltavam quando chegavam no destino final. No percurso da viagem dormiam nas grandes fazendas que eram reservadas com os amigos dos boiadeiros, onde era pago um conto de réis. Nestas pousadas Sebastião Vitória (Pula Moita) com seu bom humor alegrava as noites ensinando a dança do Catira ao som da viola do Comissário da boiada (Biano e Teodoro) cantavam modas e os peões dançavam o e o pessoal que morava na fazenda aglomerava para assistir a Catira.
Relato dado por Antônio Assunção e Souza, que na época tinha 16 anos e já viajava tocando boiada juntamente com os irmãos mais velhos: Albertino e João. Relatou ainda que os quatros irmãos: Benedito, Sebastião, Arlindo e Geraldo (OS VITÓRIAS) eram apreciados pelo grau de perfeição na execução dos movimentos desta forma de expressão, de forma que se dizia que parecia haver apenas um par de mãos e pés executando as performances.
ENCONTRO DE CARROS DE BOIS
Antigamente em Tapira, o único meio de transporte utilizado era o carro de boi, responsável por transportar a colheita, as mudanças, os materiais de construção, etc. Um exemplo disso as pedras do muro de pedra do Cemitério Municipal e da Igreja Matriz de São Sebastião foram transportadas por carro de boi. Tal veículo era usado até mesmo no transporte de pessoas para rezar os terços em cruzeiros, casamentos, festas e em outros eventos ou atividades.
Nos dias atuais, anualmente é realizado o Mutirão e Encontros de Carros de Bois, onde se relembram a história na repetição de ações passadas, nos festejos e nas boas conversas. A emoção dos carreiros é notável nos eventos, recordando o passado de seus antecessores, das dificuldades e alegrias revividas.
Percebe-se também que o carro de boi não está presente só na memória daqueles que um dia o tiveram como principal ferramenta, mas também na vida daqueles que, com orgulho, resgatam o passado e mantêm a tradição.
A visitação das casas, que ocorre no período antecedente ao Dia de Reis, é feita por grupos organizados, muitos dos quais motivados por propósitos sociais e filantrópicos. Cada grupo, chamado em alguns lugares de Folia de Reis, em outros Terno de Reis, é composto por músicos, tocando instrumentos, como tambores, reco-reco, além da tradicional viola caipira e do acordeão, também conhecida em certas regiões como sanfona, gaita ou pé-de-bode. Todos se organizam sob a liderança do mestre da folia e seguem com reverência os passos da bandeira, cumprindo rituais tradicionais de inquestionável beleza e riqueza cultural. As canções são sempre sobre temas religiosos, com exceção daquelas tocadas nas tradicionais paradas para jantares, almoços ou repouso dos foliões, onde acontecem animadas cantorias e danças típicas e moda de viola. Contudo ao contrário dos reis da tradição, o propósito da folia não é o de levar presentes, mas de recebê-los do dono da casa para finalidades filantrópicas, exceto, obviamente, as fartas mesas dos jantares e as bebidas que são oferecidas aos foliões. Em Tapira a manifestação tem caráter de evento religioso que mostra a fé da maioria dos tapirenses. Nas vésperas do dia 6 de janeiro - Dia de Santos Reis, as folias percorrem as propriedades rurais do Município cantando e invocando a proteção dos Santos Reis Magos e estão presentes em várias celebrações.
A manifestação das Folias de Reis está presente também em outras festividades religiosas como a Festa de São Sebastião e as festas religiosas nas comunidades rurais. Na Festa de São Sebastião, ocorre o Encontro e Folias de Reis com a participação de várias companhias.
Ao longo da história do município, existiram várias companhias de Folias de Reis, e, hoje, a manifestação cultural e religiosa ainda permanece viva entre os tapirenses através das famílias tradicionais do município. As primeiras companhias de Folia de Reis ocorreram por volta de 1958 no município de Tapira. Atualmente, existem várias companhias de Folias de Reis, destacando as dos capitães: José Izidoro de Souza ( popularmente conhecido como Zé Veneranda), José Eurípedes Borges (popularmente conhecido como Zé Tatão), Antônio Narciso da Silva, Avelino Donizete Pereira ( popularmente conhecido como Dete), Francisco dos Reis Neves (popularmente conhecido como Chiquinho da Dina), Cezário Batista de Souza, Saulo de Souza Lellis, Francisco Benjamim Machado (popularmente conhecido como Beijo), entre outros.
CATIRA
A catira ou cateretê é uma dança do folclore brasileiro ao som da viola caipira, em que o ritmo musical é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos ou catireiros, como são chamados. De origem ainda pouco conhecida, com influências indígenas, africanas e europeias, a catira ou "o catira" tem coreografia executada na maioria das vezes por homens (boiadeiros e lavradores) e pode ser formada por seis a dez componentes e mais uma dupla de violeiros, que tocam e cantam normalmente no ritmo do recortado.
Estudiosos apontam que como eles faziam o transporte de gado entre os locais, provavelmente, a dança tenha surgido nos momentos de descanso e descontração do grupo, sendo associado às atividades dos tropeiros, o que explica sua característica mais marcante.
No município de Tapira, a origem da Catira não foi diferente, por volta de 1930 os fazendeiros e boiadeiros: Joaquim Assunção Filho (Nhonhô Peroba) e seu irmão José Assunção e Souza( é Peroba) eram sócios .Suas comitivas de boiada seguiam por terra de Tapira a Barretos ,formada pelos peões, cozinheiros, ponteiros, pula moita e o comissário da boiada, transportavam mil bois ,No percurso da viagem existia as paradas para o descanso das tropas e peões, porque a viagem durava aproximadamente trinta dias e os peões só voltavam quando chegavam no destino final. No percurso da viagem dormiam nas grandes fazendas que eram reservadas com os amigos dos boiadeiros, onde era pago um conto de réis. Nestas pousadas Sebastião Vitória (Pula Moita) com seu bom humor alegrava as noites ensinando a dança do Catira ao som da viola do Comissário da boiada (Biano e Teodoro) cantavam modas e os peões dançavam o e o pessoal que morava na fazenda aglomerava para assistir a Catira.
Relato dado por Antônio Assunção e Souza, que na época tinha 16 anos e já viajava tocando boiada juntamente com os irmãos mais velhos: Albertino e João. Relatou ainda que os quatros irmãos: Benedito, Sebastião, Arlindo e Geraldo (OS VITÓRIAS) eram apreciados pelo grau de perfeição na execução dos movimentos desta forma de expressão, de forma que se dizia que parecia haver apenas um par de mãos e pés executando as performances.
ENCONTRO DE CARROS DE BOIS
Antigamente em Tapira, o único meio de transporte utilizado era o carro de boi, responsável por transportar a colheita, as mudanças, os materiais de construção, etc. Um exemplo disso as pedras do muro de pedra do Cemitério Municipal e da Igreja Matriz de São Sebastião foram transportadas por carro de boi. Tal veículo era usado até mesmo no transporte de pessoas para rezar os terços em cruzeiros, casamentos, festas e em outros eventos ou atividades.
Nos dias atuais, anualmente é realizado o Mutirão e Encontros de Carros de Bois, onde se relembram a história na repetição de ações passadas, nos festejos e nas boas conversas. A emoção dos carreiros é notável nos eventos, recordando o passado de seus antecessores, das dificuldades e alegrias revividas.
Percebe-se também que o carro de boi não está presente só na memória daqueles que um dia o tiveram como principal ferramenta, mas também na vida daqueles que, com orgulho, resgatam o passado e mantêm a tradição.